Com o intuito de potencializar a preparação ao Sínodo da Amazônia, apresentamos o presente material sobre o tema acima exposto, com uma pequena síntese, algumas indicações de interfaces entre o Instrumentum Laboris e as Vozes dos povos da Pan-Amazônia a partir das Escutas Pré-Sinodais realizadas pela REPAM
Alguns enfoques do Instrumentum Laboris sobre o tema:
O Instrumentum Laboris aborda o tema entre os números 57 a 62 com enfoque no aprofundamento de povos nas periferias e povos vulneráveis, apontando ainda cinco sugestões para o assunto. Seguem abaixo alguns extratos:
“Segundo dados de instituições especializadas da Igreja (por ex. CIMI) e outras, no território da Amazônia existem de 110 a 130 diferentes Povos Indígenas em Isolamento Voluntário, ou “povos livres”. Eles vivem à margem da sociedade, ou em contato esporádico com ela. Não conhecemos seus nomes próprios, idiomas, nem culturas. Por isso, também os chamamos “povos isolados”, “livres”, “autônomos”, ou “povos sem contato”. Estes povos vivem em profunda união com a natureza. Muitos deles decidiram isolar-se por terem sofrido traumas anteriores; outros foram forçados violentamente pela exploração econômica da Amazônia. Os PIAVs resistem ao atual modelo de desenvolvimento econômico predador, genocida e ecocida, optando pelo cativeiro para viver em liberdade
(cf. Fr.PM). (IL n. 57
O que os povos da Amazônia ecoaram na escuta pré-sinodal:
“Ajudar a garantir que os povos isolados possam continuar vivendo onde estão nos seus territórios e que os povos isolados não sofram e não sejam obrigados a ter contato com a sociedade brasileira, sem que eles mesmos queiram. Que a Igreja leve informação para as comunidades indígenas sobre os direitos dos povos indígenas. Que ajude a fortalecer a espiritualidade dos povos indígenas e suas culturas e línguas.” (Assembleia Regional do CIMI / Goiás e Tocantins / Brasil)