Os bispos do Brasil, reunidos na 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), enviaram uma Carta ao Papa Francisco, onde relatam ao Santo Padre os acontecimentos mais importantes que fazem parte da vida da Igreja do Brasil: 70 anos da CNBB, 15 anos de Aparecida, 18º Encontro Eucarístico Nacional.
Por Luis Miguel Modino
Tudo isso em espírito de colegialidade e sinodalidade, atitudes presentes no tema da 59ª Assembleia Geral da CNBB. O texto, assinado pelos 4 membros da Presidência, fala sobre “a conclusão da fase diocesana do Sínodo em todas as Igrejas Particulares do Brasil o que nos proporcionou a oportunidade de conhecer um retrato da escuta sinodal realizada nas comunidades eclesiais de todo o nosso País”.
A carta faz um listado dos pontos fundamentais que ao longo da Assembleia estão sendo abordados pelos bispos brasileiros, destacando dentre eles a pesquisa “Saúde Integral do Clero”, que segundo recolhe o texto, busca “traçar um diagnóstico do estado da saúde dos ministros ordenados”. A pesquisa mostrou que “muitos dos problemas de sofrimento psíquico, cansaço por sobrecarga de atividades, experiências de solidão, estilo de vida sedentário e pouco saudável, que já existiam de modo latente, foram agravados com a pandemia de Covid-19”. O propósito da Igreja do Brasil é “encontrar caminhos de acompanhamento pastoral dos ministros ordenados, no horizonte da melhora da nossa qualidade de vida e de ministério”.
Um outro elemento importante que a Carta ao Papa Francisco dos Bispos do Brasil recolhe são eleições do próximo mês de outubro, algo que acontece no mesmo ano em que o país comemora 200 anos da sua Independência, mostrando preocupação diante do “clima de tensão entre os Poderes da República”.
Diante desta situação que o Brasil está vivendo, seus bispos afirmam ter “se esforçado para animar as pessoas e as organizações da sociedade civil, através do Pacto pela Vida e pelo Brasil, dentro da tônica de amizade e cooperação social”. Uma atitude motivada pela “irrenunciável missão de nos empenharmos na promoção da pessoa humana à luz da fé cristã”.
Os bispos manifestam ao Papa Francisco “proximidade fraterna e apoio no exercício do seu ministério petrino”, que definem como “serviço exigente e indispensável à unidade e comunhão da Igreja Católica”, afirmando que “em que pesem os desafios, o seu testemunho segue luminoso e fecundo para vida da Igreja”.
Finalmente, os bispos do Brasil, que ao longo deste ano estão realizando a Visita Ad Limina, mostram “comunhão com o consistório que ora se realiza”, manifestando sua alegria “pela nomeação cardinalícia de Dom Leonardo Ulrich Steiner e Dom Paulo Cézar Costa”. Ao Papa Francisco dizem assegurar-lhe suas preces e “com a intercessão de Nossa Senhora Aparecida, rogamos bênçãos profusas sobre Vossa Santidade e seu ministério”.
A carta