Famílias da comunidade Quilombo Santa Fé, na Amazônia brasileira, receberam a visita de integrantes da Rede para aprofundar o caso de violação de direitos humanos na comunidade.
Por Comunicação / REPAM
Lidiane Cristo e Jairo Guimarães estiveram na comunidade Quilombo Santa Fé, em Costa Marques, no estado de Rondônia, para realizar a réplica da 3ª Escola de Direitos Humanos da REPAM.
O objetivo da visita foi conhecer a comunidade e continuar aprofundando o caso de violação de direitos que está sendo acompanhado por meio do Núcleo de Direitos Humanos e Incidência Internacional. Esta iniciativa é apoiada também pela REPAM Brasil.
Lutar por dias melhores
Em um breve relato, Dona Mafalda, que é considerada a matriarca da comunidade, relata que “meus filhos foram escravos modernos dos patrões, e comeram inclusive comida estragada. Hoje, é importante lutar pelo que eu tenho direito. Se eu morrer, morro por um direito que eu tenho.”
Dalva Silva compartilha que “ter participado da escola da REPAM foi uma força para todas as comunidades quilombolas para que dias melhores cheguem para todos”. Ela participou da 3ª edição da Escola de Direitos humanos, realizada em julho de 2022 em Manaus
A visita se deu no marco do 4º Encontro da Rede dos Povos e Comunidades Tradicionais de Rondônia, que teve como tema “Território e Educação: O grito de todos os povos!” e foi realizado de 19 a 21 de agosto. Dele participaram cerca de 150 representantes de diversas comunidades tradicionais de Rondônia, e foi marcado pela união de forças, pela luta e resistência contra as ameaças às suas terras e aos seus modos de vida como comunidades tradicionais.
Escola de Direitos Humanos
A “Escola para a Promoção, Defesa e Exigibilidade dos Direitos Humanos” é uma iniciativa da Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM que reúne líderes de povos indígenas e comunidades tradicionais dos países amazônicos. Seu principal objetivo é fornecer ferramentas educacionais para ajudar a formalizar as denúncias sobre violações de direitos humanos que ocorrem no território amazônico.
O próximo passo da Escola, após o acompanhamento e réplicas, é a consolidação do 3ª Informe Regional de Violação de Direitos Humanos da Pan-Amazônia, a ser lançado no ano de 2024. Ele é a base para a incidência internacional da REPAM nas principais instâncias do sistema interamericano de proteção de direitos humanos e das Nações Unidas.