Em uma semana de integração, inserção e articulação no coração da Amazônia, as secretarias executivas da Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) e da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) definiram ações concretas para melhor servir à Igreja na Amazônia.
Por Comunicação REPAM
O encontro conjunto entre a REPAM e a CEAMA, realizado de 19 a 25 de fevereiro na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, foi um espaço para reflexão e definição das responsabilidades de cada instituição na construção do Plano de Pastoral de Conjunto.
Os três objetivos do encontro foram a integração entre os membros das Secretarias Executivas, a inserção transfronteiriça nesta região amazônica e o trabalho de construção de seus planos de ação em sinergia entre as instituições.
INTEGRAÇÃO
Este primeiro encontro presencial de integração com a presença de 14 pessoas, respeitando os devidos protocolos de segurança em tempos de pandemia. Da CEAMA participaram o Pe. Alfredo Ferro, Viviana Vilches e Aura Orozco. Da REPAM estiveram o Ir. João Gutemberg Sampaio, Rodrigo Fadul, Lidiane Cristo, Diego Aguiar, Pe. Julio Caldeira e Lily Calderón.
Em nome das instituições fundadoras tanto da REPAM como da CEAMA, estiveram presentes Miguel Cruz, do Centro de Programas de Ação Pastoral e Redes do CELAM (Conselho Episcopal Latino-americano), e a CLAR (Confederação Latino-americana de Religiosos) foi representada pela Irmã Maria Helena Morra. Participaram em nome de Porticus, uma instituição aliada na construção da Igreja com rosto amazônico, Juan Esteban Belderrain e Débora Batista.
INSERÇÃO
Durante o encontro, três dias foram dedicados à imersão na realidade, com visitas a algumas comunidades na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru para compartilhar com as comunidades católicas e experiências produtivas de Nazaré, Zaragoza e Letícia (Colômbia), Belém de Solimões e Tabatinga (Brasil), Islândia e Santa Rosa (Peru).
Dois encontros importantes foram realizadas em Leticia: um na Universidade Nacional da Colômbia – Sede Amazônia, com a participação de professores, pesquisadores e mulheres líderes indígenas Ticuna sobre as realidades da tríplice fronteira; o outro foi um encontro com missionários e missinárias presentes neste setor da Colômbia, Brasil e Peru, num espaço de partilha e diálogo fraterno.
Conhecer estas realidades ajudam às equipes a compreender a importância de trabalhar conjuntamente para fortalecer os fundamentos sociais, culturais, ecológicos e eclesiais na Panamazônia.
PLANOS DE AÇÃO
O caminho sinodal na região Pan-Amazônica está sendo construído, aprofundado e concretizado a partir da missão comum de construir o Plano de Pastoral de Conjunto entre os membros da Igreja na Amazônia
Este encontro favoreceu a compreensão mútua, o planejamento estratégico e os acordos necessários para a articulação do trabalho pastoral, respeitando as identidades e tornando visível a missão de cada uma dessas instituições eclesiais em nível pan-amazônico.
Tanto a REPAM como Rede Eclesial e a CEAMA como Conferência Eclesial organizam seus serviços através de Núcleos Temáticos, com suas diferenças próprias, mas complementários e articulados entre si para a construção da Igreja com rosto amazônico.
IDENTIDADE DA REPAM E DA CEAMA
A Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM é um organismo eclesial, nascido em setembro de 2014, como resultado do caminho percorrido pela Igreja profética e encarnada neste território. É uma rede de articulação sinodal, de compartilhar experiências e serviços para responder às necessidades mais urgentes do território pan-amazônico, desde o cuidado dos povos, territórios e ecossistemas amazônicos, através de uma ação sócio-eclesial articulada em rede.
A Conferência Eclesial da Amazônia – CEAMA, fundada em 29 de junho de 2020, tem como objetivo encontrar novos caminhos concretos de dar vida e implementar alguns dos compromissos prioritários e mais urgentes do discernimento no Sínodo Amazônico. Foi constituída canonicamente pelo Papa Francisco em 9 de outubro de 2021 como pessoa jurídica eclesiástica pública, com o objetivo de “promover a ação pastoral comum das circunscrições eclesiásticas da Amazônia e incentivar uma maior inculturação da fé neste território”.