“Chega de guerra! Caminhemos juntos para erradicar toda expressão de ódio e violência, que não só nos empobrece materialmente, mas também nos desumaniza e nos destrói espiritualmente.
Por Vatican News
Precisamos de uma nova abertura ao diálogo que deve ser produtivo, como instrumento para construir e consolidar uma democracia inclusiva e participativa.” Os bispos da Colômbia apresentam a mensagem final de sua 113ª Assembleia Plenária e agradecem a todos aqueles que deram sua contribuição para o caminho sinodal.
“Um passo inevitável é recriar a vontade de ser uma nação e de construir a unidade em meio à diversidade através de um esforço criativo”, reiteram os bispos colombianos, destacando a necessidade de “um projeto comum, que inclua todos, sobretudo os menos protegidos, em uma cultura do encontro e da amizade social”. “Este apelo à unidade da nação não florescerá sem um compromisso sério e permanente com a paz e o respeito pela vida. Chega de guerra! Caminhemos juntos para erradicar toda expressão de ódio e violência, que não só nos empobrece materialmente, mas também nos desumaniza e nos destrói espiritualmente. Precisamos de uma nova abertura ao diálogo que deve ser produtivo, como instrumento para construir e consolidar uma democracia inclusiva e participativa.”
Mensagem final dos bispos
Os bispos da Colômbia apresentaram aos jornalistas a mensagem final de sua 113ª Assembleia Plenária, realizada de 4 a 8 de julho. O bispo de Pasto e presidente da Comissão Episcopal de Comunicações, dom Juan Carlos Cárdenas Toro, leu a mensagem oficial, que foi seguida por perguntas de jornalistas que abordaram diversos temas, tais como os Diálogos para a paz, o aborto, cuidado da casa comum, educação, pobreza, entre outros.
Na mensagem, os bispos agradecem a todas as comunidades eclesiais e indivíduos, membros da sociedade civil, que deram sua contribuição ao caminho sinodal: “Suas vozes nos encorajam a não desistir de nosso trabalho profético e a nos confrontarmos para sermos uma Igreja missionária e solidária, que proclama o Evangelho da salvação de Cristo Jesus, edificando-se no amor e na autêntica fraternidade”. Sete pontos são então destacados.
O grito de nosso povo
No primeiro ponto, os bispos indicam o “grito de nosso povo”, sobretudo nas regiões afetadas pela violência, a proliferação de grupos armados à margem da lei, a ilegalidade, pelo tráfico de drogas e pelas desigualdades sociais. Essas pessoas “anseiam por soluções para seus problemas mais graves e exigem reformas substanciais que fechem a porta a todas as formas de corrupção”.
Entre os grandes desafios que o país enfrenta está a educação de crianças, jovens e adolescentes, que “estão cada vez mais desencantados com a falta de oportunidades”. Por isso, é urgente estimular e promover a participação dos jovens em todos os processos, ouvindo sua voz e encorajando-os em seus projetos de vida.
Proteção da Amazônia colombiana
Em seguida, os bispos advertem sobre a “responsabilidade histórica pela proteção da Amazônia colombiana” que foi ou está prestes a ser destruída “com projetos que dilaceram nossa Casa Comum” e hipotecam o presente e o futuro da nação e do planeta.
Por fim, encorajam todos os colombianos “a continuar seus esforços no trabalho pelo bem comum, lembrando que, para alcançá-lo, o Papa Francisco nos convidou a sermos ‘artesãos da paz'”.
Reconciliação baseada na verdade
Isto implica um olhar sereno e crítico sobre nossa história, com suas feridas ainda abertas e suas cicatrizes, “para que os passos que damos em direção à reconciliação sejam baseados na verdade, que é a alma da justiça e nos conduz à liberdade”.
Concluindo sua mensagem, os bispos reafirmam seu desejo de servir a nação proclamando o Evangelho de Jesus Cristo: “continuemos em nosso compromisso de trabalhar pela paz e a reconciliação em nossas comunidades e regiões”.
Fonte: Vatican News