O Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes do IV Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal, reunidos em Santarém, de 6 a 9 de junho, para comemorar o 50º aniversário do Documento de Santarém.
Por Luis Miguel Modino
Em resposta à mensagem pontifícia, os participantes do encontro, reunidos em clima sinodal, expressaram ao Santo Padre a renovação de seu compromisso “de ser uma Igreja encarnada promovendo a evangelização libertadora”. No marco do Dia Mundial do Meio Ambiente, na linha do que foi dito 50 anos atrás, os participantes do encontro mostram seu compromisso de “fazer-nos, cada dia mais, protagonistas de uma evangelização que contemple os sonhos e os cuidados com a nossa Casa Comum”.
Os participantes agradecem sua mensagem e seu interesse pela Amazônia, algo que está presente no Pontificado do Papa Francisco desde seu início, como ele expressou no encontro com o episcopado brasileiro por ocasião do Dia Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em 2013, onde disse aos prelados que: “a Amazônia é um teste decisivo, um banco de prova para a Igreja e para a sociedade brasileira”.
Um interesse, como diz a carta, que continuou nos anos seguintes, que “culmina na realização do Sínodo para a Amazônia e na Querida Amazônia”, um texto que para a Igreja da Amazônia ” é de fato uma Carta de Sonhos de Amor à Amazônia e à Igreja, rumo a uma ecologia integral e a uma evangelização inculturada”. Eles também veem como sinais deste interesse “as ajudas econômicas que, anualmente, nos envia”, pelo qual são gratos.
Os participantes destacam a presença do Cardeal Pedro Barreto, presidente da CEAMA, “fruto do Sínodo para a Amazônia, é mais um instrumento para vivermos no espírito de sinodalidade”. A carta também destaca, em relação ao Papa Francisco, “suas propostas criativas, ousadas, corajosas e interpeladoras, contidas nas conclusões do Sínodo para a Amazônia”, que consideram “novos caminhos para a uma evangelização integral e inclusiva, com mais celeridade, mais audácia e mais ousadia”.
A mensagem também destaca ” a boa nova da escolha de Dom Leonardo Ulrich Steiner, como o primeiro Cardeal da Amazônia brasileira”, dizendo ao Papa que “nas Visitas ad Limina que estamos realizando, manifestaremos pessoalmente estes nossos afetos cordiais e filiais ao senhor”.
Em relação à pandemia, a carta assinala que “as pessoas estão retornando às atividades pastorais e litúrgicas de forma presencial com senso de responsabilidade e atentas às exigências sanitárias”, relatando ao Santo Padre o esforço feito para acompanhar o povo durante a pandemia “um dos sinais de que as nossas Igrejas não abandonaram o seu povo em seus sofrimentos e em suas dores, materiais e espirituais”.
Finalmente, eles se despedem “com a intercessão de Nossa Senhora da Amazônia, pedindo a sua bênção para nós e para todo povo de Deus desta querida Amazônia”.
Veja a íntegra da carta:
Fonte: REPAM Brasil